O desemprego e a sustentabilidade...

17-05-2018

Eis mais um momento que nos faz pensar se isto cabe na «economia» ou outro local, como «sociedade»... pois parece que são coisas diferentes, quando não o são nem se podem separar uma da outra.

Como em tudo, o sistema é psicopata, é criminoso e favorece tudo o que é contrário ao bem social e ao ser humano, ao trabalho e ao direito... servido apenas a lei da besta; é um sistema satânico e por isso só pode seguir este caminho. Resta ao cidadão acordar, procurar entender o que é de facto a política a esta condição, para acabar com este sistema monstruoso!

Quem ainda acredita que o «fim» da escravatura foi uma conquista, vive num conto de fadas. Quem acredita viver num estado de direito anda a dormir. E quem pensa que o desempregado não quer trabalhar... é simplesmente uma besta! E se quem pensa que está dentro da situação e ainda não percebeu que o desempregado está por sua conta e não tem qualquer protecção, então que experimente bater com a cabeça numa parede, para ver se acorda, pois anda completamente anestesiado!

Fala-se de tudo o que o sistema oferece, como se houvesse neste alguma forma de resolver algum problema, e assim se sustenta o liberalismo, preparando o caos, para se apresentar a «solução», que será um absolutismo jamais imaginável! O sistema satânico como ordem de facto. Daí que, quem ainda acredita no sistema, como nos sindicatos... anda totalmente a dormir! Ainda não percebeu que o desempregado não tem nem sindicato nem nada que o proteja. E se ainda não percebeu que precisa ser protegido, eu ajudo a perceber.

Tal como a especulação imobiliária e ou outra qualquer, é uma questão de interesse, poder e oportunidade... sendo que a lei não mete o nariz... que traduz no resultado. E se no caso do mundo imobiliário já mostrou alguma crise, nem de lição serviu. No caso do desemprego não existe lição alguma tirada e sempre esteve debaixo da especulação.

À parte um forte crescimento anterior ao 25 de Abril, que causou o mesmo, devido a ir contra os interesses que querem a nossa destruição... tempo em que por haver muito trabalho e pouca gente para trabalhar, o trabalho era bem pago, ao contrário do tempo de miséria anterior, que fez emigrar muita gente. Mas ainda há pouco houve uma vaga de emigração e nem se fala do caso como tal, mas apenas que a situação estava má... como se assim se justificasse a realidade. Mas esta para ser justificada exige muito mais que nada para a explicar.

E com o 25 de Abril, tudo mudou. Começou-se a destruir a pouca mas boa indústria portuguesa; a criar condições para colocar a mulher a trabalhar e assim, a par da destruição do profissionalismo... a contribuir para a precariedade. Enfim, entre muitos outros assuntos, como a especulação imobiliária... tudo mudou. E hoje, as «empresas», cada vez mais encostadas a outras «empresas», as de trabalho temporário, vão explorando mais e mais a situação, exigindo mais e mais e dando cada vez menos. Hoje vemos além de uma exigência completamente descabida e fora da realidade social... uma situação completamente aberrante: colocam um anúncio, depois seleccionam aqueles que lhes interessa entrevistar e, claro, as despesas das deslocações dos candidatos estão por conta dos mesmos, isto para não falar de terem de estar disponíveis não só para o posto a que se candidatam, como para a entrevista, caso contrário, «não falta quem queira»... assim parece.

Há dias vi um indivíduo, provavelmente indiano... a entrar num café a perguntar pelo gerente e a mostrar um papel, que tudo indica a que procurava trabalho. E cada vez se vê mais disto. O país não é mais dos seus cidadãos... mas de alguém que o está a destruir para um fim que o cidadão certamente não iria querer, mas este não vive neste mundo e Deus nada tem que ver com isto!...

Não vou agora dizer aos desempregados para criar um sindicato, pois já chega dessa merda! Digo é a quem procura trabalho a não aceitar gastar recursos seus para satisfazer os interesses das «empresas», pela simples fé de poder ter lugar na mesma... ou o medo de vir a ser descriminado. Comecem a exigir a essas empresas o pagamento das despesas de deslocação para as entrevistas! Assim, se querem brincar com as pessoas, que pensem melhor; se querem especular, que moderem na dose... pois que lhes pese a eles e não sejam antes os desempregados a pagar essa factura de especulação! É costume ouvir-se precisamente das bestas «não há almoços grátis», mas o trabalhador continua a não perceber e o desempregado também ainda não aprendeu a lição!

Como referência... para que sendo uma questão de comparação... deixem que vos diga que eu tive uma oportunidade de ir para fora, uma boa oportunidade, sem sequer ter ido a uma entrevista e, além disso, só tinha que lhes enviar a documentação, que eles preparavam tudo imediatamente para eu ir, incluindo pagavam-me as passagens e davam-me uma ajuda na estadia... E assim, «encontrem as diferenças». Ainda acham que os portugueses têm alguma desculpa para cultivarem o que cultivam?!...

Se for o caso, procurem alternativas. Já nem falo da Empresa para a Sustentabilidade, uma vez as pessoas não conseguirem sair do esquema que lhes foi montado e pensar fora disso, é o mesmo que de imediato o cérebro dar um nó. Mas criem uma lista negra para as empresas; procurem alertar para o problema e exigir seriedade... Enfim, sejam exigentes, para variar! Se houver a exigência clara de seriedade, as «empresas» começarão a ver-se obrigadas a mudar de rumo. E não se deixem enganar pelas aparências, pois hoje em dia as empresas aprendem umas com as outras a fazer acreditar que têm uma preocupação social, ecológica... como se quisessem substituir o cidadão na sociedade! O sistema revela-se contra o desempregado e contra o trabalhador... portanto, se ainda acreditam no sistema, devem consultar um psiquiatra! Lutem contra o sistema não por ele!

Depois de lerem isto, poderão perceber que continuar a acreditar no sistema representativo é continuar a escavar a própria sepultura. E tal como aqui está em causa a condição política na pessoa cidadão, em que a consciência não passa por um estado de crença que sustenta uma representação, do mesmo modo, o trabalhador deixar-se insultar, explorar... é inaceitável; e assim, estar a sustentar esta especulação, tendo que arcar com uma despesa para sustentar o interesse das empresas para especularem sobre a contratação, é pura insanidade e é o mesmo que cavar a sepultura do trabalhador em termos de direitos, transformando-se em simples matéria a ser usada pelo poder económico. Não é apenas uma submissão a escravatura, mas a um estado de matéria totalmente descartável!

Se leram isto, pelo menos podem ter alguma ideia do que é de facto a sustentabilidade e perceberem que nada tem que ver com o sistema representativo! O direito não é uma questão de representação, mas de exercício em torno da lei natural. E a política, que cria o direito, é algo que tem que se submeter à lei natural. E se estamos a falar de lei e direito, estamos a falar inequivocamente do ser humano e não de outra coisa!

Acordem!...


Fernando Cerqueira - Blog político
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